domingo, 1 de agosto de 2010

Sonho...


No mais perfeito calabouço do pensar, temos que as palavras realmente são inócuas. O passado passa. O passado passa a fazer mais sentido! Ao fechar os olhos certo dia, tive a sensação estranha de não estar mais aqui e sim lá. O que passou é perfeito, o que passará, também será. Preso neste corpo mortal, não tenho a capacidade de externar (ou algo do tipo) os vínculos não sensoriais de uma existência efêmera e sem escrúpulos convencionados e não verdadeiros. A sensação de não estar aqui perfaz uma viagem que inicia-se em Galápagos e termina no Gólgota . Em comunhão (não a católica, Deus me livre!) com o que a Criação presenteia-nos, podemos realmente observar, viver e morrer o panta rei universal e cosmológico em estrita relação com as brevidades do existir pantomímico em conciliação com as concepções mais acertadas acerca das vidas e mortes de tudo o que existe em consonância naturalmente delineada e prevista em outro plano. O “mundo das idéias” de Platão ainda está distante, nós ainda somente somos cópias mal acabadas de um modelo ainda inatingível, o “adão” primordial e emblemático. Falando rasteiramente, Eric Cartman (o grande pensador da contemporaneidade) é exemplo da praticidade na qual deve ser levada a vida: não pense muito, aja, execute de modo que saia sempre ganhando, não importa como.

Recuso-me a viver nos moldes, recuso-me a viver no outro. Não quero ser uma projeção e sim uma diária existência de atos e fatos falhos, pois a falha não existe. No girar dos acontecimentos a visão vai ficando mais acurada e destra. Os atropelos fáticos não passam de estrelas cadentes e cadenciadas e acordar para ultrapassá-los é opção. Tenho um sonho ainda não sonhado, portanto não real, não real, mas palpável.

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