terça-feira, 24 de março de 2009


Indagações sobre algo que expressa clrareza pode parecer contraditório, porém é nisso que baseia-se a Filosofia primeira. Perguntas são mais importantes, muitos já disseram. Perguntas, pois respostas não fazem sentido. Karl Popper expôs-nos que uma teoria só pode ser considerada científica se posta a prova a todo instante, isto é, o cientista deve elaborar suas elucubrações e também suas contra-provas para que, desta forma, havendo erro, a teoria em voga deva ser reestruturada ou até abandonada. Infere-se, portanto, que realmente as perguntas são mais importantes, pois trazem mudança, talvez não heraclitiana, mas mudança. O ciclo iniciado com a Filosofia parte de uma simples hermenêutica até um sistema complexo como o Kantiano. Parte de simples sentenças como as Socráticas até padrões de linguagem de extrema complexidade para as massas, como a de Heidegger, mas também pode ser deliciosa como a de Sartre que é melhor de ser digerida com um café ao lado, diga-se de passagem. A Sofia é algo a ser alcançado e talvez inatingível, algo de que só podemos, no máximo, ser amigos segundo a Philo. A Sofia faz-nos mais cegos com a sua distância e máscaras. Não deixa-se desnudar facilmente coma uma ninfa vinda dos Fiordes Noruegueses. Nosso olhos não têm estrutura física e não-física para encarar de frente a esbaldante riqueza que é a Sofia. Ofusca-os! Por vivermos em um sistema que não prioriza o Pensar e Sim o fazer e o Ter, vamos na direção oposta da morada da Sabedoria. O Mundo com todas suas complexidades e padrões bestifica-nos e escurece nosso bom olhar, nosso olhar de dúvida, nosso olhar cartesiano, aquele olhar de que tudo duvida para tentar encontrar alguma indicação do endereço da Sofia ou pelo menos seu e-mail (estamos em outros tempos não?) para que ela comunique-se pelo menos, dizendo-nos que ainda está lá (onde é esse “lá”?). Esqueçamos do Mundo, esqueçamos que somos humanos e assim, talvez, mas só talvez, ultrapassemos a fronteira Philo Sophos.