domingo, 4 de julho de 2010

Um outro...


A humanidade vive intercalada entre crenças que fogem do nosso mundo “real” e o mundo “real em si”. As sensações humanas são rasteiras e presas ao corpo físico o que dificulta a transposição de barreiras entre os dois “mundos”. Ouvimos alguns relatos de experiência “fora do corpo” ou do “além vida” e costumamos não dar relevância. Porém, em exercício (não precisa ser algo como meditação) de observação da nossa realidade, podemos ter uma certa idéia de que o que tocamos, cheiramos, olhamos não é necessariamente a única coisa existente, não é o único plano. Parece assunto de “viajante”... Mas é isso mesmo: uma viagem. O ego humano é catalisador de criação de barreiras que fazem a humanidade criar sua própria derrocada (guerras entre outras manifestações do ego são provas disso), pois a forma de como ele é usado um individualismo maléfico e destruidor toma forma nas ações exteriores. Fugir disso é muito difícil, mas um caminho seria os humanos perceberem que esta realidade aqui é somente uma pequena projeção de algo maior, talvez divino.

A mente humana, em suas tempestades, é um portal perfeito para a percepção de “novas” experiências já que é maleável desde que saibamos usá-la. O grande problema é um inconsciente coletivo devastador que (baseado em um capitalismo falho e tosco) nos apresenta convicções (é Nietzsche, convicções são prisões) aprisionadoras da capacidade de liberação da energia mental que temos guardada. A mente fica aprisionada e o ego tem a chave dessa prisão!

A grande tarefa é reconhecer que existe algo errado no curso disso tudo. Vários já vieram nos avisar, vieram de um plano superior, de outro mundo. Temos o Cristo como grande expoente, desde que saibamos apreender suas palavras. O grande cerne dos ensinamentos de Jesus é a destruição do ego maléfico, do reconhecimento do “outro” como si próprio, é a viagem introspectiva em busca de outra realidade para deixar vir à tona o que estava preso, velho, quase inválido: o pensar livre e integrador com uma existência harmoniosa e não separadora e censora. Como entender isso? Somente em outro plano fora do “físico”. Temos que não levar em consideração o dualismo psicofísico cartesiano e atentar para as coisas como algo “uno” e “indivisível”. Ao percebermos o outro lado (experiências “fora do corpo”, sonhos, ligação com Deus etc.) temos a sensação de que tudo não passa de uma alucinação, porém são flashes de outra coisa que nossa mente tem acesso, mas não damos a ela as ferramentas para fazê-lo constantemente.

Talvez um dia a humanidade consiga adentrar os meandros de um plano que a rodeia e que não consegue senti-lo. Talvez um dia sejamos mais “irracionais” e viveremos mais livres e sem tabus. Talvez um dia, um dia em que deixemos de ser somente humanos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Meu Deus! Que texto é esse???(Tuuuudo) Eu vou ter tudo isso mesmo dentro da minha casa???? (Adoooro)
Ass: Lídia Coelho

Adriana Rabêlo disse...

Como assim ? Como não me orgulhar do "pai" inspirador que tenho? Apesar de não me conformar com a forma perfeita que tu escreves, me orgulho muito de te ter como "pai". Continue a me fazer sentir orgulho de suas produções, e me treine para que eu possa, um dia, em um futuro otimista chegar aos seus pés .

Adriana Rabêlo , ♥